sábado, 8 de dezembro de 2007

Portal, Espaço e Mar

Portal que não se abre
Não me deixa mais sair
Entrei de forma errada
Para morrer e cair
Portal que não se abre
As palavras mágicas desgastadas
São agora substituidas
Por punhos nus desferindo estocadas
Portal que não se abre
As tuas portas não se movem
E a passagem para fora delas
Nada mais é que desordem
Na minha mente, no minha alma
E eu ainda lembro tuas palavras de ontem
A tua face clara e calma
Que me dizia para me controlar
Que me dizia para voar
Que afirmava mesmo que em silencio
Que somente o teu amor era a saida deste lugar





Espaço cruel é o que me separa da ti
Espaço cruel é o que me separa de mim
Espaço que divide o tempo
Espaço que corrói a alma
Espaço que irrita e acalma
Espaço cruel que faz da vida féu
Espaço cruel que me priva do mel
Da doçura da tua boca
Da segurança do teu olhar
Da beleza da tua face
Do teu cabelo que ondula feito o mar
Espaço que distorce e aumenta a
Tristeza profunda corrosiva violenta
Que destrói a base do meu pensamento
Que me deixa sem argumento
Pra eliminar o espaço que está
Entre amar e gostar






Sinto falta do mar
Do cheiro caracteristico que ele emana
E das memorias que ele me traz em suas ondas
Sinto falta do mar
Das épocas em que nós o viamos quebrar
E nossos olhares se cruzavam
E nossas bocas traduziam para nossa lingua o que é o amor
Nossa lingua sim
Por que só nós sentiamos assim
E eu nunca consegui enxergar o fim
Assim como o mar
Mas assim como o mar tem fim
O nosso sentimento se foi
Com a maré baixa e a lua fraca
Sem luz na escuridão
E por lá fiquei aguardando
Qualquer solução
Para curar o amargor da solidão
E assim o mar trouxe voce de volta pra mim
Como a maré cheia
E como o mar que também é eterno
Jurei amor sincero
Para que seja eterno